A relação direta do nosso Santo Padroeiro, São João Paulo II, com nosso pároco, Padre Edvaldo Batalha
| Queridos irmãos,
Gostaria de compartilhar algumas das honradas e inesquecíveis experiências vivenciadas por mim com o santo padroeiro de nossa paróquia, São João Paulo II.
Imediatamente após a sua nomeação como Papa, João Paulo II iniciou as inúmeras viagens apostólicas pelo mundo. E foi por ocasião dessas santas peregrinações que as minhas encantadoras oportunidades de contato com este homem apareceram. Em sua primeira visita ao Brasil, em 1980, o papa João Paulo II percorreu 13 cidades em 12 dias e entre elas estava Teresina- PI, município onde passei a minha adolescência. Foi então meu primeiro contato com nosso Santo Padroeiro.
Enquanto cursava o seminário no ano de 1991, em Brasília, o Papa realizou outra visita ao nosso país. Nesta ocasião, ele beatificou a Madre Paulina e encontrou-se com a Irmã Dulce. Ao passar por nossa cidade, o seminário o recebeu e, em uma linda e singela homenagem, tive a oportunidade de cantar para o Santo Padre.
Em 03 de dezembro de 1994, obtive a minha ordenação e, passados apenas dois anos desta conquista, fui para a Itália com o intuito de estudar música no Conservatório da Santa Sé e cursar mestrado e doutorado em Antropologia e Filosofia.
No ano 2000, o Brasil comemorou os 500 anos da primeira missa celebrada no país, por ocasião da chegada dos portugueses em nossas terras. Foi nesse período, marcado pela evangelização, que, pela iniciativa da Conferência Episcopal Brasileira, ocorreu a divisão do território em 17 regionais. Para homenagear a data da primeira missa, esse colegiado determinou a confecção de 17 réplicas da cruz utilizada naquela derradeira celebração. Elas seriam destinadas a cada regional.
As cruzes foram levadas à Santa Sé, para que o Papa João Paulo II as abençoasse. Nessa oportunidade, o pontífice também seria convidado a vir ao Brasil para celebrar a missa comemorativa dos 500 anos. No entanto, em decorrência de compromissos assumidos nas festividades do Ano Jubilar, o Santo Padre não poderia se ausentar de Roma. Assim, solicitou aos Bispos Dom Jayme Henrique Chemello (Presidente da CNBB); Dom Marcelo Cavalheira (Vice- Presidente da CNBB) e ao Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis (Secretário e, à época, Bispo auxiliar de Brasília) que participassem da cerimônia das bênçãos.
Como eu residia em Roma, tive a oportunidade estar presente no valoroso evento. Inicialmente, os Bispos entraram na sala onde se encontrava o Santo Padre, Papa João Paulo II. Em seguida, entrei e beijei a mão de nosso padroeiro. Trocamos algumas singelas palavras. Fui apresentado por Dom Damasceno como um padre estudante do conservatório e da universidade. Gentilmente, o Papa perguntou a minha idade, indagou-me se estava feliz e indo bem nos estudos. Foi um momento inesquecível e de alegria imensurável! A foto retrata o encontro emocionante, um dos momentos mais marcantes da trajetória de minha vida
Hoje, posso afirmar que sou muito honrado e agradecido pela oportunidade de ter residido em Roma (1996-2003) durante grande parte do pontificado de nosso santo padroeiro. Sinto-me extremamente abençoado pela missão a mim concedida de ser o primeiro Pároco da, também, primeira paróquia do mundo dedicada a São João Paulo II.
Que Deus abençoe a nossa comunidade paroquial, que nunca nos falte o amor da Virgem Santa Mãe de Deus e que ela interceda por nós! Amém!
Padre Edvaldo Batalha
Águas Claras/DF, 08 de maio de 2020.