Como será a Semana Santa na Arquidiocese de Brasília
| SEMANA SANTA NA ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA
Continuam em vigor na Arquidiocese de Brasília as normas e orientações pastorais para a
prevenção do coronavírus (Covid-19) divulgadas no dia 19 de março, seguindo as orientações e
deliberações das autoridades competentes.
Portanto, continuam suspensas as missas presenciais e demais celebrações litúrgicas na
Arquidiocese de Brasília. A retomada das celebrações litúrgicas presenciais dependerá da evolução
do cenário da pandemia, devendo ser oportunamente comunicada. Infelizmente, no momento, não é
possível prever essa data. Por isso, reafirmamos a importância de continuar a dar a assistência
espiritual aos paroquianos, seguindo as orientações sobre os cuidados a serem adotados para evitar a
propagação do coronavírus.
Na Semana Santa, as igrejas continuarão abertas para a oração pessoal, mas não se deve
favorecer a aglomeração dos fiéis. Os fiéis sejam incentivados a permanecerem em oração, em suas
casas, através das missas transmitidas pelos meios de comunicação (rádio, TVs, redes sociais), bem
como, da leitura orante da Bíblia, do rosário de Nossa Senhora e da Via Sacra, dentre outras formas
de oração. Na Semana Santa, de modo especial, torna-se ainda mais importante a transmissão das
celebrações por redes sociais ou outros meios. O atendimento das confissões e a assistência aos
enfermos necessitam ser organizados de tal modo a preservar a saúde dos sacerdotes e dos fiéis, mas
não estão cancelados.
A Páscoa não pode ser transferida. Por isso, apesar das restrições em vigor, vamos procurar
celebrá-la do melhor modo possível. Considerando o disposto no Decreto da Congregação para o
Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (N. 154/20) e as indicações da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil, no contexto da pandemia de Covid-19, apresentamos as seguintes orientações
pastorais para a Semana Santa.
1. DOMINGO DE RAMOS
Para a celebração do Domingo de Ramos, “nas igrejas paroquiais e em outros lugares” seja adotada
a terceira forma prevista pelo Missal Romano. Portanto, não há a benção e a procissão de ramos.
A coleta para a Campanha da Fraternidade não ocorrerá, como de costume, no Domingo de Ramos;
será transferida para uma data a ser oportunamente divulgada.
2. MISSA DO CRISMA
A Missa do Crisma, com a benção dos Santos Óleos, a consagração do óleo do Crisma e a renovação
das promessas sacerdotais, na Arquidiocese de Brasília, não será celebrada, como de costume, na
manhã da Quinta-feira Santa. Está sendo transferida para outra data, tão logo seja possível reunir
novamente grande número de pessoas. Os santos óleos abençoados, no ano passado, continuarão a
ser utilizados até a celebração da Missa do Crisma, cuja data será oportunamente divulgada.
3. QUINTA-FEIRA SANTA
“O Lava-Pés, já opcional, é omitido. No final da Missa na Ceia do Senhor, a procissão também é
omitida e o Santíssimo Sacramento é mantido no tabernáculo”.
4. SEXTA-FEIRA SANTA
Na Celebração da Paixão do Senhor, às 15 h, na Oração Universal deve ser acrescentada uma prece
especial “pelos que padecem a pandemia do Covid-19”. Esta prece formulada pela Conferência
Episcopal encontra-se, em anexo.
A coleta para os Lugares Santos será transferida para uma data a ser oportunamente divulgada.
5. VIGÍLIA DA PÁSCOA
No início da Vigília Pascal (Celebração da Luz), “omite-se o acender do fogo; acende-se o círio e,
omitindo a procissão, segue-se o precônio pascal (Exsultet)”. Na Liturgia Batismal não serão
celebrados batismos; permanecerá apenas a renovação das promessas batismais. A Liturgia da
Palavra e a Liturgia Eucarística sejam realizadas, como de costume, conforme o Missal Romano.
Esclarecemos que está suspensa a impressão do folheto litúrgico O Povo de Deus, da Arquidiocese
de Brasília. Contudo, o texto estará disponível no site da Arquidiocese de Brasília para os que
desejarem. Durante o período de suspensão da distribuição do folheto litúrgico, encontra-se
suspenso o respectivo pagamento dos folhetos pelas paróquias.
Agradeço a compreensão e os esforços de todos, neste tempo de sofrimento. Procuremos viver
santamente a Semana que traz no seu nome o apelo à santidade. A precaução com a transmissão do
coronavírus jamais nos leve a descuidar da caridade para com os doentes, os pobres e as pessoas em
maior situação de vulnerabilidade social. Há muitas famílias pobres necessitadas de solidariedade e
partilha. Necessitamos olhar, com especial atenção, para os irmãos que se encontram enfermos e
pelos mais pobres. Permaneçamos unidos, em oração, sendo mais solidários, especialmente com
aqueles que mais sofrem as consequências da pandemia. Apesar das limitações pastorais em vigor,
celebremos a Páscoa, de coração, com a esperança e a paz do Senhor Ressuscitado. Sejamos
testemunhas da esperança ancorada na fé em Cristo!
Brasília, 27 de março de 2020.
Cardeal D. Sergio da Rocha
Administrador da Arquidiocese de Brasília