2020
Os cinco passos para uma boa Confissão
Quais são os passos para fazer uma boa Confissão? O sacramento da Confissão é uma invenção dos homens, ou uma invenção de Deus? Por que confessar com o sacerdote, se ele é um ser humano pecador? Quais são os pecados que precisamos confessar?
O que é preciso saber sobre a Confissão?
— O Sacramento Confissão é um encontro maravilhoso com o Amor e a Misericórdia de Deus. É o único tribunal da face da Terra onde nos declaramos culpados e saímos inocentes, porque o Juiz e o Advogado são a mesma pessoa: o próprio Jesus[1].
— A Confissão foi instituída pelo próprio Jesus, quando confiou aos Apóstolos e aos seus sucessores o poder de perdoar pecados em seu nome: “Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (cf. Jo 20, 23). Isso acontece porque o pecado rompe não somente a comunhão com Deus, mas também com a Igreja, na qual Cristo atua por meio dos que ordenou seus ministros (sacerdotes), na sucessão apostólica[2].
— O sacerdote é um instrumento de Deus. Por isso, o sacerdote também se confessa com outro sacerdote. Existe algo mais bonito que isso?
— O segredo da Confissão é absolutamente inviolável em qualquer situação[3], ou seja, o padre não pode, de forma alguma, revelar nada do que foi dito em Confissão sob pena de excomunhão latae sententiae (automática) reservada à Sé Apostólica[4];
— A Confissão é o meio que Jesus escolheu para o perdão dos pecados graves cometidos após o Batismo[5]. Se a Confissão for possível, não buscá-la é agir de forma contrária à graça de Deus, que deseja nos perdoar[6].
— O mandamento da Igreja é que o fiel com mais de sete anos confesse os pecados graves pelo menos uma vez ao ano[7]. Porém, é sumamente recomendável que se confesse com uma frequência maior, como por exemplo, uma vez por mês (para buscar o seu crescimento espiritual) ou se tiver caído em pecado grave – para retornar para a vida na graça[8].
Os cinco passos para uma boa Confissão
Os cinco passos necessários para fazer uma boa Confissão são os seguintes:
1) Exame de Consciência:
— Procurar lembrar de todos os pecados que necessita confessar[9], ou seja, os pecados graves;
— Não é necessário contar como aconteceu, mas apenas contar o pecado e quantas vezes o cometeu desde a última Confissão. Exemplo: faltei na Missa dominical uma vez.
2) Arrependimento:
— O arrependimento é a dor por ter ofendido Deus pelos pecados cometidos e o propósito de não mais cometê-los[10];
— Sem o arrependimento, a Confissão é inválida, pois não passa de um teatro. Exemplo: se alguém confessar já planejando cometer de novo o mesmo pecado, a Confissão é inválida;
— Pessoas deixam de confessar por pensarem: “Eu acho que cometerei o mesmo pecado, então não vou confessar.” Porém, a consciência do risco de cair novamente não impede de confessar. Havendo propósito de lutar contra o pecado, a Confissão é válida. Além disso, devemos confessar, pois a Confissão nos dará mais graças para não cair.
3) Declaração dos Pecados
— É necessário declarar todos os pecados graves que ainda não foram declarados em uma Confissão válida. É recomendável que os pecados veniais também sejam confessados, desde que haja o arrependimento e a intenção de não mais cometê-los, para receber sobre eles uma graça e o aconselhamento do sacerdote. Todavia, confessar pecados veniais não é estritamente necessário, já que são perdoados sem que sejam confessados. Ademais, o Ato Penitencial na Santa Missa também absolve os pecados veniais[11];
— Para que haja um pecado grave, são necessárias três condições: matéria grave, plena consciência e plena liberdade[12];
— Se algum pecado for esquecido, mesmo após um bom exame de consciência, o pecado foi perdoado na absolvição, mas deve ser declarado na Confissão seguinte;
— Se algum pecado grave for escondido de propósito, a Confissão foi inválida. Não é possível reconciliação pela metade.
4) Absolvição
— Após o ato de contrição (que poderá ser lido, decorado ou espontâneo), o Sacerdote dará a absolvição. Se os outros passos foram realizados corretamente, o fiel já se encontra em estado de graça.
5) Penitência
— A penitência é um bem para compensar o mal cometido pelo pecado. O fiel completará o processo de reconciliação cumprindo a penitência da Confissão, geralmente alguma oração simples ou uma boa obra[13].
Referências:
[1] Cf. PAPA JOÃO PAULO II. Catecismo da Igreja Católica, 1441-1442.
[2] Idem, 1443-1445; 1485.}
[3] Idem, 1467.
[4] PAPA JOÃO PAULO II. Código de Direito Canônico, cânon 1388 § 1.
[5] Cf. PAPA JOÃO PAULO II. Catecismo da Igreja Católica, 1446.
[6] Idem, 1484; 1493.
[7] PAPA JOÃO PAULO II. Código de Direito Canônico, cânon 989.
[8] Cf. PAPA JOÃO PAULO II. Catecismo da Igreja Católica, 1457.
[9] Idem, 1454.
[10] Idem, 1451-1453.
[11] Idem, 1456.
[12] Idem, 1857.
[13] Idem, 1460.
Link: https://blog.cancaonova.com/tododemaria/os-cinco-passos-para-uma-boa-confissao/
2019
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Gabriel Vaz
(61) 9.8424-6580
Coordenador da Comunicação e
Consagrado na Comunidade Católica Shalom (Aliança)
Quer saber mais sobre o Celeiro de Comunicação? Leia:
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- https://comshalom.org/testemunho-do-celeiro-de-comunicacao-em-brasilia/
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