26º Domingo do Tempo Comum Chamados a dizer “Sim”

+ Sergio da Rocha

Cardeal Arcebispo de Brasília

Estamos iniciando o mês dedicado especialmente às missões, após ter vivenciado o “mês da Bíblia”, o que nos faz recordar a relação entre a Palavra de Deus e a Missão. Quem acolhe a Palavra de Deus é chamado a compartilhar com todos a graça recebida, através do anúncio e do testemunho na vida cotidiana, como verdadeiro missionário. O Evangelho proclamado nos convida a dizer “sim” ao Senhor que nos chama para colaborar na missão evangelizadora da Igreja.

Para entender bem a parábola dos dois filhos, convidados pelo pai a trabalhar na vinha (Mt 21,28-32), é preciso ter presente como “os sumos sacerdotes e anciãos do povo” pensavam a salvação. Segundo eles, os que pertenciam ao povo eleito seriam merecedores da salvação enquanto que os demais, os pagãos, “os cobradores de impostos e as prostitutas”, citados no Evangelho, estavam excluídos do Reino de Deus. Jesus rejeita este modo de pensar, contando esta parábola justamente aos sacerdotes e anciãos do povo. A salvação é oferecida a todos. Todos podem ser admitidos no Reino de Deus. Entretanto, Deus conta com a nossa resposta. O “sim” que Deus quer não é algo que se reduz a palavras ou sentimentos. O “sim” a Deus se expressa em atitudes concretas. Pressupõe a fé e a conversão sincera. Por isso, Jesus afirma aos “sumos sacerdotes e aos anciãos do povo” que “os cobradores de impostos e as prostitutas” os “precedem no reino de Deus”, pois se arrependeram e “creram nele”.

Desde o nosso batismo e em muitas outras ocasiões, nós também respondemos “sim” a Deus. Contudo, devemos estar atentos para não descuidar do “sim” dado e acabar dizendo, de fato, um “não” a Deus, pelo modo de viver. É preciso também cuidado para não se achar melhor do que os outros ou para não se julgar merecedor da salvação mais do que os outros. Além disso, o “sim” exige fidelidade ou ao menos esforço sincero para ser o mais fiel e coerente possível. Numa sociedade em que falta fidelidade à palavra dada ou coerência com os compromissos assumidos, é grande o risco de se repetir a atitude do filho que não cumpre o “sim” dado ao Pai. Na Carta aos Filipenses, São Paulo recorda o testemunho humilde e fiel do próprio Cristo que se fez obediente ao Pai até a morte e morte de cruz (Fl 2,8).

Estamos nos aproximando da festa de Nossa Senhora Aparecida, ocasião especial para testemunhar que somos povo de Deus que caminha unido, sob a proteção materna de Maria. Por isso, vamos todos reservar o dia 12 de outubro para participar da Festa da Padroeira. No calendário das paróquias, pastorais e movimentos, estejam liberadas a tarde e a noite do dia da Padroeira para que todos possam participar da missa e da procissão na Esplanada dos Ministérios, encerrando juntos o Ano Mariano.

Encontro do Crisma 2017

No último domingo, 24, cerca de 6 mil jovens crismandos e crismados em 2016 e 2017, participaram do 3º encontro com o Arcebispo de Brasília, cardeal Sergio da Rocha.

O evento aconteceu na manhã do domingo, no Pavilhão do Parque da Cidade e também contou com a presença dos bispos auxiliares, dom Valdir Mamede e dom Marcony Ferreira.

Na ocasião os bispos auxiliares ministraram palestras e conversaram com os jovens. Teve também apresentações teatrais, momentos de oração e a celebração da Santa Missa, celebrada por dom Sergio.

Crismandos e Catequistas de nossa paróquia.

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25º Domingo do Tempo Comum Ide para a Vinha do Senhor!

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

Para falar do Reino dos Céus, Jesus conta a parábola do patrão que sai em busca de trabalhadores para a sua vinha. O dono da vinha é uma figura do próprio Deus. Esta parábola ressalta a gratuidade e a generosidade do Senhor que chama trabalhadores nos diversos momentos do dia, “de madrugada” até o fim da tarde. A iniciativa é dele. É ele quem sai e vai ao encontro dos trabalhadores, oferecendo a todos a mesma oportunidade de estar na sua vinha, especialmente aos que se encontravam “desocupados”, “na praça”. Além disso, no final da jornada, ele demonstra a sua generosidade e a gratuidade do seu amor na igual recompensa oferecida aos trabalhadores contratados nos diferentes horários do dia. Os critérios do Reino de Deus não seguem a lógica dos reinos deste mundo. Por isso, os que foram contratados primeiro murmuram contra o modo de proceder do dono da vinha.

O amor de Deus não se restringe aos limites estreitos da lógica farisaica da recompensa. Os trabalhadores da primeira hora esquecem-se de que estar na vinha há mais tempo, e nela atuar, deveria ser considerado um dom, uma graça, e não um peso. Eles também não estavam sendo capazes de dar o devido valor aos que começaram a trabalhar por último, achando-se mais dignos do que eles. Essa atitude faz recordar a parábola em que o irmão mais velho reclama da acolhida generosa dada pelo Pai ao “filho pródigo”, esquecendo-se de que a sua alegria e recompensa já estavam no fato de ter permanecido o tempo todo na casa do Pai, participando dos seus bens. Quem está na “vinha” há mais tempo, já tem recebido a sua recompensa.

Esta parábola nos faz pensar no modo como os “últimos” são tratados, especialmente aqueles que chegam numa comunidade para dela participar e exercer diferentes funções pastorais, ou os que estão iniciando um caminho de conversão. A comunidade cristã deve acolher e valorizar os “últimos”. Quem está há mais tempo, merece o reconhecimento e a gratidão, mas é preciso acolher bem os que chegam e valorizar os que nela se encontram há menos tempo. Na comunidade, deve haver lugar e trabalho para todos.

O “Ide” da parábola dos vinhateiros faz pensar no “Ide” dirigido por Jesus aos discípulos, enviando-os a evangelizar. Necessitamos de discípulos dispostos a trabalhar na vinha do Senhor, participando da comunidade e sentindo-se responsáveis por ela. Faça a sua parte! Ajude a sua comunidade a ser cada vez mais fraterna e acolhedora! Ajude a sua comunidade a anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo. Para isso, faça diariamente a leitura e a meditação da Bíblia. Neste Dia da Bíblia, responda “sim” à Palavra de Deus que nos envia para trabalhar na vinha do Senhor!

24º Domingo do Tempo Comum – Quantas vezes perdoar?

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

Neste mês da Bíblia, continuamos a meditar o Evangelho segundo Mateus, proclamado nos domingos do Tempo Comum deste Ano Litúrgico. Estamos lendo, com a Igreja, o capítulo 18, voltado especialmente para a vida em comunidade. Jesus se dirige aos seus discípulos orientando a vida comunitária. O trecho proclamado ressalta o perdão entre irmãos (Mt 18,21-35). No último domingo, refletimos sobre a correção fraterna, sinal de amor e de responsabilidade diante do irmão que peca. Outra expressão deste mesmo amor é o perdão.

A pergunta que Pedro dirige a Jesus se refere a quantas vezes perdoar “se meu irmão pecar contra mim?” A palavra “irmão” pressupõe alguém que está na comunidade cristã e que necessita do perdão de Deus e do perdão dos irmãos. Nós suplicamos o perdão ao rezar o Pai Nosso, mostrando estar dispostos a perdoar: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido!” A parábola contada por Jesus faz pensar no modo como rezamos e vivemos a oração que Ele nos ensinou. Muita gente se dispõe a perdoar, porém, coloca condições ou limites para o perdão, o que não condiz com o ensinamento de Jesus. A resposta de Jesus “setenta vezes sete” pressupõe a disponibilidade para perdoar sempre que necessário. Quem é perdoado deve ter também “compaixão” de quem necessita do perdão. Quem se prostra aos pés do Senhor para suplicar o perdão, deve também oferecer o perdão a quem lhe ofende.

O livro do Eclesiástico, na primeira leitura, refere-se ao “rancor e a raiva” como “coisas detestáveis” que “até o pecador procura dominar”, exortando a perdoar para que, quando orarmos, os nossos pecados sejam perdoados. Nós cremos que “o Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso”, conforme rezamos com o Salmo 102. Este amor misericordioso do Senhor deve nos levar a amar os irmãos do mesmo modo que Ele nos ama. O amor caracteriza a vida nova do cristão. Ele se expressa através do perdão e também pela correção fraterna, conforme meditamos no último domingo.

Vamos refletir, hoje, a respeito da nossa vivência do amor cristão olhando especialmente para a nossa capacidade de perdoar. Se necessário, peçamos perdão a Deus e procuremos perdoar, de coração, os nossos irmãos. Sem o perdão, não há reconciliação e paz nos corações, nem haverá paz em nossas famílias e comunidades. Aproveitemos este Mês da Bíblia para conhecer e viver melhor a Palavra de Deus, fazendo a leitura orante da Bíblia e praticando o amor ao próximo. Organize o seu tempo para ler e a meditar a Palavra de Deus, a cada dia. Procure fazer isso, em família e na comunidade. Dedique mais tempo a Deus e aos irmãos!

Uma história que não é contada (Felipe Aquino)

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Descrição

A nossa Civilização moderna, foi gerada no bojo do Cristianismo, que nos deu o milagre das ciências modernas, a saudável economia de livre mercado, a segurança das leis, a caridade como uma virtude, o esplendor da arte e da música, uma filosofia assentada na razão, a agricultura, a arquitetura, as universidades, as catedrais e muitos outros dons que nos fazem reconhecer em nossa Civilização a mais bela e poderosa Civilização da História.

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